quinta-feira, 25 de junho de 2015

ANOMALIAS - Bruxismo

Excesso de força da musculatura pode causar bruxismo.


A palavra bruxismo é representado pela palavra do grego “Bruchein”, que quer dizer desgaste, atrito ou ranger dos dentes, devido a isso é considerada como e hábito parafuncional. Essa atividade ocorre de forma inconscientemente e involuntariamente. tais reações ocorre durante o período diurno e também noturno. Pode ocorrer com frequência durante o sono acarretando diversas contrações musculares rítmicas com uma força mais intensa do que a habitual. Todas essas variáveis vai causar o surgimento de dor e fadiga da musculatura que participa da mastigação que pode gerar sobrecarga dos músculos mastigatórios e por isso tornar um dor facial crônica. (DINIZ & SILVA – 2009).
Os que tem bruxismo apresentam: estresse emocional e físico, angústia, ansiedade, medo, depressão, distúrbios do sono, uso de medicamentos, processos alérgicos nas vias aéreas superiores, transtornos neurológicos, deficiências nutricionais, avitaminoses, problemas gastrintestinais e pode atrapalhar a mastigação. (Mazzetto MO – 2000).

O SOM DO BRUXISMO








ANOMALIAS - Disfunção temporomandibular (DTM)

A articulação temporomandibular é uma das principais articulações existentes no ser humano, pois sem ela não haveria uma boa relação entre os componentes que proporcionam a permanência da vida. Ocorrendo alterações nesta, teremos as disfunções temporomandibulares.
Que consiste na ausência ou anormalidade das funções do aparelho mastigatório, comuns
principalmente nos músculos da mastigação e nas articulações temporomandibulares.
Usualmente apresentam incoordenações aos movimentos mandibulares.
Embora a dor e a disfunção normalmente caminham juntas, dores em repouso não
relacionadas à solicitações funcionais são muito pouco comuns e, via de regra sugerem
outros envolvimentos alternativos.


As disfunções das ATMs são classificadas em:


* DOR MIOGÊNICA : a forma mais comum de DTM ,que é a presença de desconforto ou dor
nos músculos da mastigação, podendo às vezes atingir até músculos do pescoço e ombro.
* DESARRANJOS INTERNOS DA ATM : significa que existe um disco articular deslocado ou mal posicionado, ou mesmo lesão na articulação.
* DOENÇAS DEGENERATIVAS DA ATM : como osteoartrite ou artrite reumatóide das ATMs. Uma pessoa poderá apresentar uma ou mais destas condições ao mesmo tempo.

Causas da ATM

 Pode ser causado por traumatismos, aceleração/desaceleração cervical (o brusco movimento da cabeça para frente e para trás causa estiramento e compressão dos componentes da ATM, podendo danificá-la), a excessiva abertura da boca (pode trazer danos aos ligamentos, à capsula articular ou mesmo deslocamento do disco articular), deslocamento de disco articular, alterações capsulares, ligamentares (um exemplo disso, é manter objetos entre os dentes ou o apoio de mão na mandíbula), má-oclusão (a mordida inadequada pode estar relacionada a discrepância de bases ósseas maxilo-mandibulares ou a desarmonia dental), alterações dos músculos faciais, espasmos nos músculos mastigatórios desencadeados por tensão ou estresse, artrites ou fixações na articulação temporomandibular, bruxismo (ranger dos dentes ao dormir), tumores e problemas de crescimento na mandíbula Outros problemas também podem estar relacionados com a ATM, como as alterações sistêmicas, morfológicas congênitas, discrepâncias estruturais maxilo-mandibulares, estresse físico e psicológico, alterações hormonais.


Principais Sintomas relacionados à ATM 

* dor nas articulações;
* cefaléia;
* ruídos nas articulações (estalidos ou rangido);
* dificuldade de abrir totalmente a boca (contraturas musculares, calcificações articulares);
* dificuldade de mastigar;
* mudança na postura da cabeça (cabeça inclinada para frente);
* dor de ouvido;
* desgaste dental;
* zumbido;
* Sensação de mordida torta, desalinhada, cruzada.

Diagnóstico 

Na avaliação além da anamnese deve-se fazer o exame físico, que consiste em palpação,
observação e ausculta da movimentação da mandíbula, sente-se o estado das articulações, o tônus e a força dos músculos, os ligamentos, a oclusão dos dentes (a mordida e correta coaptação das arcadas dentárias superiores e inferiores), além de mensurar a abertura da boca com uma fita métrica (medindo dos dentes superiores até os inferiores). O diagnóstico dos problemas da ATM são precisos e altamente especializados. Tais exames compreendem: * radiografias transcraniana, tomografias, imagem por ressonância magnética; * eletromiografia (EMG) computadorizada dos músculos do sistema mastigador; * avaliação computadorizada dos ruídos da ATM; * avaliação computadorizada dos movimentos da mandíbula (eletrognatografia);

Tratamento

 Nos casos crônicos, pode ser necessária a indicação de especialistas médicos, em geral ortodontistas, ou a avaliação de um cirurgião buco-maxilo-facial.
 A- Objetivos
* objetivo do tratamento consiste em evitar a cirurgia;
* reposicionar a mandíbula ao crânio para melhorar a função;
* minimizar a dor muscular;
* melhorar a amplitude de movimento;
* melhorando a postura;
* reeducar o paciente em relação ao posicionamento correto da mandíbula;
* reduzir a inflamação;
* reduzir a carga adversa na ATM;
* fortalecer o sistema músculo-esquelético. B- Técnicas O tratamento das DTMs compreende:
* Cirurgia (instalação de placas inter-oclusais, por exemplo);
* Fisioterapia (exercícios, termoterapia, eletroterapia).

Músculo Pterigóideo Lateral



Características

É um músculo curto, de forma cônico-piramidal, que se estende quase horizontalmente, desde o processo pterigóideo e asa maior do esfenóide até o colo
da mandíbula. Considera-se como tendo dois feixes de origem: um feixe superior e um feixe inferior, que, segundo alguns autores, podem ser considerados como músculos distintos, um pterigóideo lateral superior e um pterigóideo lateral inferior.

Origem

O feixe superior origina-se da superfície infratemporal da asa maior do esfenóide e da crista infratemporal. O feixe inferior origina-se da maior parte da face lateral da lâmina lateral do processo pterigóideo. A partir dessas origens, os feixes musculares convergem para formar um tendão que se insere no disco articular e na cápsula da ATM, e no colo da mandíbula, da seguinte forma: Feixe superior -- Insere-se na cápsula da ATM e indiretamente na borda anterior do disco articular, porém a maioria de suas fibras se insere na fóvea pterigóidea (face anterior da mandíbula). Feixe inferior -- Insere-se na fóvea pterigóidea.

Inervação

Nervo pterigóideo lateral, proveniente do ramo mandibular do nervo trigêmeo (V par).

Ação

A cabeça inferior realiza uma discreta depressão da mandíbula, quando se abre a boca. A ação principal, quando se realiza a contração bilateral, é a protrusão da mandíbula, que ocorre frequentemente quando a boca é aberta. Se ocorre a contração unilateral do músculo, a mandíbula é deslocada para o lado oposto, ocorrendo o movimento de lateralidade da mandíbula.

Músculo Pterigóideo Medial


Características

É um músculo retangular, situado na face medial do ramo da mandíbula, muito potente, apesar de não ser tão robusto quanto o masseter. Assemelha-se muito com o masseter no que se refere à forma e função, porém localiza-se medialmente ao ramo da mandíbula, já na fossa infratemporal. Estende-se do processo pterigóideo do esfenóide até o ramo da mandíbula. Considera-se como tendo dois feixes de origem, um feixe maior, profundo, e um feixe menor, mais superficial.

Origem 

O músculo pterigóideo medial se origina na fossa pterigóide e na face medial da lâmina lateral do processo pterigóide do esfenóide. Após um trajeto inferior e posterior, o músculo se insere na face medial do ângulo da mandíbula.

Inervação

Nervo pterigóideo medial, proveniente do ramo mandibular do nervo trigêmeo (V par).

Ação

A ação do músculo pterigóideo medial é a de elevar a mandíbula, sendo menos potente que o masseter nessa ação.

Fáscia Pterigóidea e Interpterigóidea

Os músculos pterigódeos são recobertos por uma tênue fáscia denominada fáscia pterigóidea. Além desta, existe um espessamento fascial entre os dois músculos pterigóideos, denominado fáscia interpterigóidea. A fáscia interpterigóidea tem um formato quadrangular e apresenta as seguintes bordas: superior, inferior, anterior e posterior. A fáscia interpterigóidea apresenta uma face lateral que relaciona-se com o músculo pterigóideo lateral acima e com o ramo da mandíbula abaixo. Sua face relaciona-se com o músculo pterigóideo medial e a faringe.

Músculo Masseter



Fáscia Temporal

Os músculos da parte superficial se origina nos dois terços anteriores da margem inferior do arco zigomático e a parte profunda, no terço posterior e face interna do arco zigomático. Suas fibras assumem um trajeto inferior em direção à mandíbula com as fibras da parte superficial se inserindo na face lateral do ramo da mandíbula e as fibras da parte profunda, no ramo, acima do ângulo da mandíbula.

Inervação

O músculo masseter é inervado pelo nervo massetérico, um ramo do nervo mandibular.

Ação

A contração bilateral do músculo masseter eleva a mandíbula, quase se fecha a boca.

Fáscia Massetérica

Assim como o músculo temporal, o masseter também apresenta uma fáscia muscular, porém ela é bem mais delgada. Ela tem um formato retangular, como o músculo, e reveste a sua face lateral enviando traves fibrosas para seu interior. Fixa-se na periferia das inserções do masseter, de modo que o isola totalmente, permitindo comunicações apenas para a fossa infratemporal, através da incisura da mandíbula.




Músculo Temporal

Características

É um músculo largo, em leque que se estende da parede lateral do crânio ate o processo coronóide da mandíbula. Está constituído por três feixes de fibras musculares com trajetos distintos: o feixe anterior com fibras quase verticais; o feixe médio com fibras oblíquas para baixo e para frente; e o feixe posterior com fibras horizontais. Estes feixes musculares convergem para formar um tendão inferior que se insere no processo coronóide da mandíbula.

Origem

O músculo temporal origina-se: Na fossa temporal ao nível da linha temporal inferior superiormente, até a crista infratemporal inferiormente, onde suas fibras se confundem com a do músculo pterigóideo lateral; Nos 2/3 superiores da face medial da fáscia temporal. Esta disposição, com uma origem no crânio e outra na fáscia temporal, confere ao músculo uma disposição bipenada (mais bem observada em um corte coronal). No seu trajeto, os diferentes feixes de fibras passam pela face medial do processo zigomático, onde algumas fibras se fixam. Estas convergem para formar um tendão que se insere no processo coronóide da mandíbula de maneira variável: em suas bordas anterior e posterior, parte da face lateral e em toda extensão da face medial, inclusive na crista temporal. Podem ser considerados 2 tendões de inserção do temporal, um superficial e outro profundo. O tendão superficial insere-se na borda anterior do ramo da mandíbula, e o profundo, na crista temporal, podendo alcançar o trigono retromolar.

Inervação

Se o músculo se contrai como um todo, sua ação principal é elevar a mandíbula, quando se fecha a boca. Se somente suas fibras posteriores se contraem, o músculo temporal realiza a retrusão da mandíbula, que é acompanhada pelo fechamento da boca.

Generalidades



Os músculos da mastigação são aqueles que agem direta ou indiretamente sobre a mandíbula, são músculos pares que se inserem na mandíbula proporcionando movimentos necessários para que se processe a mastigação. Os músculos da mastigação são: o temporal, o masseter, o pterigóideo medial e o pterigóideo lateral. Os músculos da mastigação agem na articulação temporomandibular e são os responsáveis pelo fechamento da boca, deslizamento da mandíbula para frente ou para trás e desvio lateral da mandíbula. Os músculos da mastigação apresentam as seguintes características comuns:

 a) Apresentam pelo menos uma inserção na mandíbula.
 b) Atuam ativamente nos movimentos mandibulares. 
 c) Apresentam fáscias musculares típicas, destacando- se a fáscia do músculo temporal. 
 d) Derivam-se na sua totalidade do 1° arco braquial, e como tal são inervados pelo nervo trigêmeo (V par), através de ramos do nervo mandibular.
 e) São irrigados por ramos da artéria maxilar.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A Mastigação

Como muitas outras funções do nosso corpo a mastigação é uma muito importantes sendo a primordial do sistema estomatognático, a mastigação consiste no processo de triturar os alimentos e produzir saliva, contendo na saliva o nosso primeiro anticorpo. O ideal seria que mastigássemos o alimento sólido 30 vezes, para uma melhor digestão, (DOUGLAS, 1988).
As estruturas fundamentais para que haja a mastigação são: lábios, dentes, língua, bochechas e a musculatura mastigatória. Sendo os lábios um tipo de esfíncter voluntário e evitam que os alimentos durante o ato mastigatório saiam da cavidade bucal. Já a língua é responsável pela mudança do alimento de um lado para outro, possui função nociceptiva, permitindo reconhecer elementos duros ou lesivos às estruturas do tubo digestivo exerce também um papel fundamental na deglutição. As bochechas, juntamente com a língua, fazem com que o alimento permaneça sobre a superfície oclusal dos dentes. Os músculos da mandíbula são chamados de músculos da mastigação, Eles são os elementos ativos do sistema estomatognático , movimentando a mandíbula em sentidos diferentes. Dependem das características de inserção e da orientação das fibras musculares que se contraem em um determinado momento. (PAMFEF,2002)




 
Referências:

DOUGLAS, C. R. – Fisiologia aplicada à prática odontológica. São Paulo, Pancast, 1988. p. 257 276/243-252.
PAMFEF. Tasca EMT. Programa de aprimoramento muscular em fonoaudiologia estética facial. Barueri: Pró-Fono; 2002.